quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Tumores benignos x Tumores malignos

Benignos: encapsulação freqüente, crescimento lento, expansivo, bem delimitado e sem metástase.

Malignos: sem encapsulaçãom, crescimento rápido, infiltrativo e com metástase.
Neoplasia benigna de tecido nervoso periférico.
Neoplasia maligna epitelial, exibindo hipercromatismo (setas).












Neoplasias

A primeira dificuldade que se encontra nas neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. A definição mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" (Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984).
A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo "oma" (tumor) ao termo que designa o tecido que os originou. Por exemplo:
 tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma
tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma
tumor benigno do tecido glandular – adenoma

 Quanto aos tumores malignos, podem ser denominados carcinomas, adenocarcinomas. Já os tumores malignos originários dos tecidos conjuntivos ou mesenquimais será feito o acréscimo de "sarcoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. Exemplificando para melhor entender:
 Carcinoma basocelular de face – tumor maligno da pele
Adenocarcinoma de ovário – tumor maligno do epitélio do ovário
Condrossarcoma - tumor maligno do tecido cartilaginoso


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Forma hiperdinâmica x Forma hipodinâmica

Forma hiperdinâmica - É encontrada no início do choque séptico-tóxico, no qual inicialmente não há transtorno na macrocirculação.

Forma hipodinâmica - Pode existir desde o início do choque ou acontece depois da forma hiperdinâmica quando o débito cardíaco cai. Pode se apresentar sob duas maneiras: fase compensada-reversível ou fase descompensada-irreversível.

Anafilaxia

É uma reação alérgica a uma determinada substância caracterizada pela diminuição da pressão arterial ou taquicardia, por exemplo. O tipo mais grave de anafilaxia é o choque anafiláctico que termina geralmente em morte caso não seja tratado. O choque neurogênico é menos frequente e caracteriza-se por desregulação neurogênica que resulta em redução do tônus das artérias e veias,queda na resistência vascular periférica e diminuição do retorno venoso ao coração.

Congestão x Hiperemia

Ambos são caracterizados pelo aumento de volume sanguíneo em um determinado local. Assim, dividi-se em hiperemia ativa e hiperemia passiva ou congestão. A hiperemia ativa é causada por uma dilatação arterial ou arteriolar que provoca um aumento do fluxo sanguíneo nos capilares. A congestão acontece por conta de diminuição da drenagem venosa.

Isquemia

Isquemia quer dizer redução ou falta de sangue em determinado órgão ou tecido. Ela acontece sempre que a quantidade de sangue é menor do que a quantidade que o órgão necessita em determinado momento. É importante salientar que, a isquemia dá origem à hipóxia (baixa quantidade de oxigênio).

Trombose

É uma patologia caracterizada pela solidificação do sangue dentro dos vasos ou do coração. A massa sólida formada pelo sangue coagulado é chamada de trombo. Os trombos podem ser venosos ou arteriais, os venosos são formados por hemácias presas e se formam em áreas de estase após o sistema de coagulação ser ativado, já os trombos arteriais contêm principalmente plaquetas, pouca fibrina e se formam em locais com lesão endotelial e fluxo sanguíneo de alta velocidade.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Wound Healing Process

Vídeo em inglês (sorry for that) muito interessante explicando o processo de cicatrização de ferida. Nele há uma explicação sobre o que é o processo de Hemostasia, quando acontece e quais células participam e sua função. Explica também o processo inflamatório, proliferação e maturação, ou seja, o processo de reparo como um todo.

Mecanismo de Cicatrização (Reparo)

Esse mecanismo é bastante importante no nosso corpo, pois tem como função estabelecer novamente a área lesada. A cicatrização ocorre pela proliferação de tecido conjuntivo fibroso e o processo de inflamação é necessário para que o reparo aconteça. Mediadores químicos estão relacionados com os eventos de cicatrização e as células envolvidas. Há várias formas de cicatrização, podem ser: 
• Primária - Não há perda tecidual e pode ocorrer complicações como isquemia, por exemplo.
• Secundária - Quando a evolução da cicatriz da ferida ocorre de forma espontânea.
• Primária tardia - Quando, para acelerar o processo de cicatrização secundária, há uma aproximação das bordas da ferida com pontos de sutura simples.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mudando de assunto...

Sem rasgação de seda, mas... Obrigada ao Professor Flávio por QUASE - eu disse quase, afinal, faz quem quer ganhar ponto - nos obrigar a criar o blog sobre Patologia! Foi graças a ele que a prova de hoje foi muito moleza boa. =P Agora só falta tirar nota boa também hasuhsausahusah Será que alguém vai achar que isso foi pra babar o professor? =( Aposto que ninguém vai pensar assim, as pessoas são tão boazinhas, eu que sou cheia de maldade hasuhasuhsauhsausahuash

Congresso Nacional de Biomedicina em Recife chegando aí, sexta (08/10) a gente tá indo viajar e vai ser pouco bom!


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Inflamação aguda - animação

Uma animação incrivelmente boa explicando todo o processo da inflamação aguda.

Exsudato e Transudato

Quando falamos de inflamação nos deparamos com palavras diferentes e curiosas, é o exemplo de exsudato e transudato. Explicarei então o que quer dizer essas tais palavras. Exsudato - Fluidos (pus, por exemplo) resultantes do processo inflamatório que passam através das paredes vasculares. Esses fluidos (que envolvem células, proteínas em nível elevado, leucócitos) acontecem por conta de uma vasodilatação e um aumento da permeabilidade. Transudato - Acontece por força de um aumento da pressão sanguínea. Há um teor protéico muito baixo, sem infecção e a permeabilidade estará baixa.

Inflamação

É um processo vascular - na microcirculação - que acontece independente do indivíduo estar doente ou não. Durante esse processo substâncias químicas são liberadas e promovem as alterações vasculares e os eventos celulares. A inflamação está sempre presente em locais que sofreram uma agressão e que, consequentemente, perderam sua homeostase. A sintomatologia desse evento é fácil de aprender, são os quatro OR's: Dor (Bradicinina presente nas terminações nervosas sensíveis vai ativar os receptores e mandar mensagens para o cérebro que então interpretará a dor); Calor (aumento da temperatura); Tumor (edema) e Rubor (aumento das células vermelhas causando eritema). Porém, além desses quatro importantes sinais cardinais, temos também a perda da função. As alterações vasculares da inflamação é conhecida por Tríade de Lewis:



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pigmentação exógena em pigmentação endógena

Não sei se foi uma boa idéia, mas que foi bem bolado, foi! Pigmentação exógena na pigmentação endógena

Pigmentação

Pigmentação é tudo aquilo que possui cor e pode ser ou não patológico. Há vários exemplos de pigmentações: tatuagens, vitiligo, icterícia, albinismo, pneumoconiose em um trabalhador do carvão. Um acúmulo anormal ou diminuição de pigmentos pode ser indicativos de agressão à célula. Sendo assim, é uma quebra da homeostase, e então é patológico. Essa pigmentão patológica pode ser classificada da seguinte forma:

Endógena - Formada a partir de pigmentos naturais do corpo humano. Ex: Pigmentação de desgaste ou envelhecimento, Pigmentos produzidos por melanócitos, Icterícia.

Exógena - Pigmentos de origem externa ao organismo. Ex: Carbono no pulmão e linfonodos (antracose), Pneumoconiose do trabalhador de carvão, tatuagens.

Exemplo de pigmentação exógena.



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tendinite Calcárea

Video muito interessante sobre tendinite calcárea. Mesmo não contendo imagens fortes, quem tiver medo, nojo, frescuras e afins, melhor nem vê-lo.

Calcificação e seus tipos

Entre várias substâncias encontradas no nosso corpo, o cálcio é figura importantíssima, pois 99% dessa substância formará os ossos e dentes. Essa obtenção de cálcio é feita através da nossa alimentação. A absorção desse cálcio será estimulada pela vitamina D, que é de suma importância na manutenção dos níveis de absorção dessa substância. O hormônio PTH estimula a absorção do cálcio ao ativar essa vitamina pelo rim. Quando esses sais de cálcio se depositam em locais inadequados, tais como tecido frouxo não osteóides, órgão parenquimatosos, parede dos vasos, denomina-se Calcificação. Entre os tipos de calcificação temos:
 • Calcificação distrófica - Ocorre quando a causa da calcificação for por lesão tecidual. Ex: Necrose, placa de ateroma, cânceres mamários.
 • Calficiação metastática - É uma calcificação mais generalizada e ocorre em tecidos não lesionados. É originada exclusivamente de uma hipercalcemia e o depósito de cálcio será em tecidos normais. Ex: Hiperparatireoidismo por aumento do paratormônio, destruição do tecido ósseo, insuficiência renal.

domingo, 22 de agosto de 2010

Necrose de coagulação

Necrose de coagulação ou isquêmica é um tipo de necrose que ocorre quando há uma isquemia ou hipóxia em qualquer tecido do corpo, exceto o tecido cerebral que irá sofrer necrose de liquefação. É nela que acontece uma desnaturação de boa parte das proteínas celulares por conta de uma queda brusca no pH celular durante a lesão por isquemia ou hipóxia. Por conta disso, o citoplasma da celula torna-se eosinofilico e a estrutura celular é mantida durante alguns dias até a remoção do tecido (que será feita pelos leucócitos). Uma característica singular desse tipo de necrose é a cariólise, porém, pode ocorrer também picnose ou cariorréxis.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Amiloidose

Segue aqui um video bastante interessante sobre Amiloidose (um tipo de degeneração hialina conjuntiva). Está em inglês, porém não é nada extremamente difícil, com um pouco de esforço e estudo dá pra entender. E que sirva de incentivo pra todo mundo estudar e aprender inglês. Afinal, os bons artigos e videos estão, infelizmente, em outro idioma, principalmente o inglês.

Degeneração Hialina

É basicamente caracterizada por um acúmulo de proteínas, podendo ser epitelial (dentro da célula, substância com forma de pequenos grânulos acidófilos ou aglomerados irregulares) ou conjutivas (fora da célula, atingindo o tecido conjuntivo fibroso e a parede dos vasos, daí também o nome conjuntivo-vascular). Com aspecto homogêneo de certa transparência, brilho e corado de róseo, podemos dizer que o nome provém dessas características singulares. Há vários tipos de degeneração hialina intracelular, entre eles estão:
• Degeneração hialina goticular:  Surgimento de várias gotículas hialinas dentro das células. Ocorre principalmente em doenças renais onde o glomérulo permitirá a passagem de proteínas que serão pinocitadas. Há um aumento na reabsorção de proteínas nas vesículas e proteinúria.
Corpúsculo de Russel: A Imunoglobulina formará o corpúsculo, ocorrerá uma cristalização no citoplasma do plasmócito.
Degeneração hialina de Mallory: Aparece em patologicas como cirrose hepática e carcinoma hepático. Os hepatócitos apresentam massas hialinas. Ocorre devido a destruição de proteínas do citoesqueleto, por exemplo. É reversível.

sábado, 14 de agosto de 2010

Células Parenquimatosas e Células Estromais

Células parenquimatosas são células especializadas, proveniente do Parênquima, que é o tecido responsável pela função. Essas células são células que não sofreram espessamento secundário de suas paredes, possuindo apenas uma fina parede celular primária. Apresentam diversas formas, tamanhos e funções. Já as células estromais, são células que dão suporte para as parenquimatosas. Estroma é o tecido não funcional que dá sustentação a célula, tecido ou órgão e é diferente do parênquima, uma vez que as células parenquimatosas são especializadas e as células estromais são as células que vão dar suporte a essas especializadas.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Causas e Mecanismos das Lesões Celulares

Vivemos hoje em dia em um ambiente bastante modificado, com temperatuas oscilantes, umidade do ar elevada, sem contar com a qualidade do ar que pode nos trazer problemas por conta da sua densa camada de poluição. Porém, mesmo com todas essas alterações, o meio em que nossas células se encontram, sofrem pequenas modificações. Isto porque possuimos mecanismos de proteção e regulação que, por exemplo, mantém o fluxo sanguíneo dentro dos limites normais, nos ajudando a manter o equilíbrio do nosso corpo (homeostase - célula integral funcionalmente e morfologicamente). Apesar de todo esse equilíbrio típico do nosso corpo, as células podem sofrer algum stress ou demanda física maior e ser modificada, esse processo é denominado de adaptação celular. Exemplificando... Um indivíduo normal começa a praticar exercícios físicos em uma academia, começa a alimentar-se de maneira mais saudável. Seu corpo começa a se adaptar com aquele novo estilo de vida, suas fibras musculares sofrem uma demanda maior de trabalho e começam a se modificar. Nesse caso de adaptação celular, há um aumento do metabolismo sem lesão, é uma metaplasia (conversão do tipo celular); Mas há casos em que o stress é de carga mais alta e, somado ao estado em que o indivíduo se encontra, a capacidade de adaptação da célula fica comprometida ocasionando assim uma lesão celular que pode ser de caráter reversível ou irreversível. As causas da lesão celular podem ser por falta de oxigênio, isquemia, agentes físicos como queimaduras, agentes químicos como álcool e etc. As lesões de caráter reversível acontecem quando a célula é agredida por um estímulo nocivo e sofre alterações funcionais e morfológicas mas ela ainda sim se manterá viva e se recuperará quando o estímulo for cessado. Exemplificando... Tumefação celular (edema) e degeneração gordurosa são os dois grandes exemplos de lesões reversíveis; Lesões de caráter irreversível é quando a célula não é capaz de se recuperar depois da agressão sofrida mesmo depois de cessada, surgindo a partir daí a morte celular. Exemplificando... Passar três horas no sol sem qualquer proteção. Depois desse longo tempo, o indivíduo sai do sol (retira o estímulo), no outro dia ou horas depois, começará a surgir bolhas e outras complicações. Mesmo a agressão sendo retirada, as células já foram atingidas junto com o ponto de irreversibilidade. Assim, as células agredidas pela ação brusca dos raios solares, irão sofrer o processo de morte celular; É importante salientar que, uma mesma célula não tem a mesma capacidade de sofrer uma lesão como se ainda não a tivesse sofrido. Ficou confuso? Provavelmente a resposta será sim. Então, exemplificando... Uma célula cardíaca sofre isquemia, após esse evento, a célula já não aguentará mais essa mesma lesão como aguentaria caso não a tivesse sofrido. E permanecendo nesse assunto de lesão celular, é imprescindível falar sobre a diferença entre Oncose e Apoptose. Sendo assim, tentarei definir de forma simples e eficaz a diferença entre ambas. Oncose é o processo onde irá ocorrer edema celular. A oncose leva à necrose com cariólise (perda do núcleo da célula) e está homologada as etapas iniciais da apoptose; Apoptose é conhecida como 'morte celular programada', ocorre de forma ordenada e está relacionada com a homeostase e regulação fisiológica dos tecidos. Também leva a necrose, porém essa necrose exibe cariorrexis (núcleo da célula torna-se picnótico e ainda mais retraído). Para finalizar, deixo um gráfico (créditos ao Prof. Flávio) sobre o mecanismo da lesão.



quinta-feira, 5 de agosto de 2010

E afinal, o que é Patologia?


Não, definitivamente Patologia não é a ciência que estuda o pato! 
Fazendo uma análise breve sobre ela, podemos dizer que a Patologia é a ciência que estuda as doenças em geral sob determinados aspectos. Está voltada para o estudo das alterações funcionais  e estruturais das células, tecidos e órgãos. Além de estudar as alterações causadas no organismo pela doença, o termo Patologia é também utilizado para definir essas mesmas alterações mas não deve ser utilizada como sinônimo de doença. O estudo dessa ciência é dividido da seguinte forma: Patologia Geral - Abrange as reações das células e tecidos, estudando os mecanismos básicos da doença. Ex.: O processo de formação de uma inflamação ou de cicatrização; Patologia Especial - Estuda as alterações de cada órgão ou aparelho. Se engloba em quatro áreas: Etiologia (a causa da doença), Patogenia (os eventos dos estímulo inicial até a expressão morfológica da doença), Alterações Morfológicas (alterações estruturais das células ou tecidos. Pode ser visualizado macro ou microscópicamente) e Fisiopatologia (estuda os distúrbios funcionais e seus significados clínicos).